Jo 8, 55); comunica-nos as coisas do Pai (cf. SEGUNDA SECÇÃO. 110. É a própria Sagrada Escritura que nos convida a conhecer o Criador, observando a criação (cf. Contemplamos o apogeu da proximidade de Deus ao sofrimento do homem, no próprio Jesus que é «Palavra encarnada. [156] Estas celebrações são úteis à causa ecuménica e, se vividas no seu verdadeiro significado, constituem momentos intensos de autêntica oração nos quais se pede a Deus para apressar o suspirado dia em que será possível abeirar-nos todos da mesma mesa e beber do único cálice. Deus escolhe um povo e, pacientemente, realiza a sua educação. Quando anunciamos o Evangelho, exortamo-nos reciprocamente a cumprir o bem e a empenhar-nos pela justiça, pela reconciliação e pela paz. O Espírito Santo desperte nos homens fome e sede da Palavra de Deus e os torne zelosos anunciadores e testemunhas do Evangelho. Uma argumentação baseada nos textos do Antigo Testamento reveste-se assim, no Novo Testamento, de um valor decisivo, superior ao de raciocínios simplesmente humanos. Como indica a doutrina conciliar sobre o tema, os livros inspirados ensinam a verdade: «E assim, como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consi-gnada nas sagradas Letras. Deste modo o Apóstolo põe o acontecimento da morte e ressurreição do Senhor em relação com a história da Antiga Aliança de Deus com o seu povo. Por isso, devemos fazer todo o esforço para mostrar a Palavra de Deus precisamente como abertura aos próprios problemas, como resposta às próprias perguntas, uma dilatação dos próprios valores e, conjuntamente, uma satisfação das próprias aspirações. [300] Nesta perspectiva, a leitura da Palavra de Deus apoia-nos no caminho de penitência e conversão, permite-nos aprofundar o sentido de pertença eclesial e conserva-nos numa familiaridade mais profunda com Deus. Receber o Verbo significa deixar-se plasmar por Ele, para se tornar, pelo poder do Espírito Santo, conforme a Cristo, ao «Filho Único que vem do Pai» (Jo 1, 14). Juntos podemos fazer muito pela paz, pela justiça e por um mundo mais fraterno e mais humano».[144]. [138] Deste modo, tanto em âmbito pastoral como em âmbito académico, importa que seja colocada bem em evidência a relação íntima entre os dois Testamentos, recordando com São Gregório Magno que aquilo que «o Antigo Testamento prometeu, o Novo Testamento fê-lo ver; o que aquele anuncia de maneira oculta, este proclama abertamente como presente. É o caso de antigas orações que, em forma de epiclese, invocam o Espírito antes da proclamação das leituras: «Mandai o vosso Espírito Santo Paráclito às nossas almas e fazei-nos compreender as Escrituras por Ele inspiradas; e concedei-me interpretá-las de maneira digna, para que os fiéis aqui reunidos delas tirem proveito». Jo 16, 7). A este propósito, é preciso sublinhar hoje o grave risco de um dualismo que se gera ao abordar as Sagradas Escrituras. Segundo o Catecismo de São Pio X, a doutrina católica foi ensinada por Jesus Cristo para mostrar aos homens o caminho da salvação e da vida eterna. Porém, eles ajudavam os sacerdotes em várias outras funções ligadas à adoração em Israel (Número 8:19). [68] Quando esmorece em nós a consciência da inspiração, corre-se o risco de ler a Escritura como objecto de curiosidade histórica e não como obra do Espírito Santo, na qual podemos ouvir a própria voz do Senhor e conhecer a sua presença na história. Em certo sentido, a leitura orante pessoal e comunitária deve ser vivida sempre em relação com a celebração eucarística. (â¦) O que dá testemunho destas coisas diz. Entre as formas de oração que exaltam a Sagrada Escritura, conta-se, sem dúvida, a Liturgia das Horas. De facto, sabemos que traduzir um texto não é trabalho meramente mecânico, mas faz parte em certo sentido do trabalho interpretativo. É «dever dos sacerdotes e diáconos, sobretudo quando administram os sacramentos, evidenciar a unidade que formam Palavra e Sacramento no ministério da Igreja». Com efeito, «é muito importante a leitura comunitária, porque o sujeito vivo da Sagrada Escritura é o Povo de Deus, é a Igreja. Apesar de não conhecer, obviamente, os recursos de ordem filológica e histórica à disposição da exegese moderna, a tradição patrística e medieval sabia reconhecer os vários sentidos da Escritura, a começar pelo literal, isto é, «o expresso pelas palavras da Escritura e descoberto pela exegese segundo as regras da recta interpretação». [57], A Tradição viva é essencial para que a Igreja, no tempo, possa crescer na compreensão da verdade revelada nas Escrituras; de facto, «mediante a mesma Tradição, conhece a Igreja o cânon inteiro dos livros sagrados, e a própria Sagrada Escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se incessantemente operante». Os Padres sinodais recomendaram um conhecimento apropriado destes instrumentos, estando atentos ao seu rápido desenvolvimento e aos diversos níveis de interacção e investindo maiores energias para adquirir competência nos vários sectores, particularmente nos novos meios de comunuicação, como por exemplo a internet. Princípios e Orientações, Homilia na Santa Missa junto do Vale de Josafat, em Jerusalém, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2009, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, Instr. 48. Diz Santo Agostinho: «É fundamental compreender que a plenitude da Lei, bem como de todas as Escrituras divinas, é o amor (â¦). No mundo da internet, que permite que bilhões de imagens apareçam sobre milhões de monitores em todo o mundo, deverá sobressair o rosto de Cristo e ouvir-se a sua voz, porque, «se não há espaço para Cristo, não há espaço para o homem». Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo» (Ap 3, 20). [112] Além disso, há que assinalar que tal dualismo produz às vezes incerteza e pouca solidez no caminho de formação intelectual mesmo de alguns candidatos aos ministérios eclesiais. A proclamação da Palavra de Deus na celebração comporta reconhecer que é o próprio Cristo que Se faz presente e Se dirige a nós[198] para ser acolhido. Por isso, hoje é necessário educar o Povo de Deus para o valor do silêncio. [217] Pela Palavra de Deus, «o fiel é iluminado para poder conhecer os seus pecados e é chamado à conversão e à confiança na misericórdia de Deus». WebO Instituto Humanitas Unisinos - IHU - um órgão transdisciplinar da Unisinos, que visa apontar novas questões e buscar respostas para os desafios de nossa época. Realmente, falamos da Palavra de Deus que está hoje presente connosco: «Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20). [327] A própria Palavra de Deus denuncia, sem ambiguidade, as injustiças e promove a solidariedade e a igualdade. Na assembleia sinodal sobre a Eucaristia, já se tinha pedido maior cuidado com a proclamação da Palavra de Deus. Jo 14, 16), Espírito do Pai e do Filho, que nos «guiará para a verdade total» (Jo 16, 13). A Palavra de Deus supera os limites das culturas. Sobre este princípio, como recorda São Tomás de Aquino, fundam-se também todos os outros preceitos da lei natural. Deus criou o homem para a felicidade e a vida, enquanto a doença e a morte entraram no mundo em consequência do pecado (cf. [83] Portanto, o que aconteceu em Maria pode voltar a acontecer em cada um de nós diariamente na escuta da Palavra e na celebração dos Sacramentos. É estupendo observar como todo o Antigo Testamento se nos apresenta já como história na qual Deus comunica a sua Palavra: de facto, «tendo estabelecido aliança com Abraão (cf. Além disso, desejo aqui manifestar o respeito da Igreja pelas antigas religiões e tradições espirituais dos vários Continentes; contêm valores que podem favorecer imenso a compreensão entre as pessoas e os povos. Não há dúvida que a reflexão teológica sempre considerou inspiração e verdade como dois conceitos-chave para uma hermenêutica eclesial das Sagradas Escrituras. Neste grande mistério, Jesus manifesta-Se como a Palavra da Nova e Eterna Aliança: a liberdade de Deus e a liberdade do homem encontraram--se definitivamente na sua carne crucificada, num pacto indissolúvel, válido para sempre. [171] Santa Teresa do Menino Jesus encontra o Amor como sua vocação pessoal, quando perscruta as Escrituras, em particular os capítulos 12 e 13 da Primeira Carta aos Coríntios;[172] e a mesma Santa assim nos descreve o fascínio das Escrituras: «Apenas lanço o olhar sobre o Evangelho, imediatamente respiro os perfumes da vida de Jesus e sei para onde correr». Esta posição dos Padres sinodais está em sintonia com o que diz a Constituição dogmática Dei Verbum: Todos os fiéis «debrucem-se, pois, gostosamente sobre o texto sagrado, quer através da sagrada Liturgia, rica de palavras divinas, quer pela leitura espiritual, quer por outros meios que se vão espalhando tão louvavelmente por toda a parte, com a aprovação e estímulo dos pastores da Igreja. Estas novas situações oferecem novas possibilidades para a difusão da Palavra de Deus. Por isso, é normal reler as Escrituras à luz deste novo contexto, o da vida no Espírito». [79] A realidade humana, criada por meio do Verbo, encontra a sua figura perfeita precisamente na fé obediente de Maria. Sb 2, 23-24). A sua Palavra envolve-nos não só como destinatários da revelação divina, mas também como seus arautos. Também aqui se pode sugerir uma analogia: assim como o Verbo de Deus Se fez carne por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria, assim também a Sagrada Escritura nasce do seio da Igreja por obra do mesmo Espírito. O fundamentalismo evita a íntima ligação do divino e do humano nas relações com Deus. Vem, Senhor Jesus!» (Ap 22, 17.20). Recordando o Verbo de Deus que Se faz carne no seio de Maria de Nazaré, o nosso coração volta-se agora para aquela Terra onde se cumpriu o mistério da nossa redenção e donde a Palavra de Deus se difundiu até aos confins do mundo. 1 Pd 3, 15). Mas não deves contentar-te com bater e procurar; para compreender as coisas de Deus, tens necessidade absoluta da oratio. A letra ensina-te os factos [passados], a alegoria o que deves crer, A moral o que deves fazer, a anagogia para onde deves tender».[122]. Mestra de escuta, a Esposa de Cristo repete, com fé, também hoje: «Falai, Senhor, que a vossa Igreja Vos escuta». Por graça, somos verdadeiramente chamados a configurar-nos com Cristo, o Filho do Pai, e a ser transformados nâEle. Cl 1, 17). A comunidade eclesial deve sustentá-los e ajudá-los a desenvolverem a oração em família, a escuta da Palavra, o conhecimento da Bíblia. [229], Além disso, os Padres sinodais convidaram a celebrar a Palavra de Deus também por ocasião de peregrinações, festas particulares, missões populares, retiros espirituais e dias especiais de penitência, reparação e perdão. Há uma relação estreita entre o testemunho da Escritura, como atestado que a Palavra de Deus dá de si mesma, e o testemunho de vida dos crentes. Muitas vezes encontramos, tanto no Antigo como no Novo Testamento, a descrição do pecado como não escuta da Palavra, como ruptura da Aliança e, consequentemente, como fechar-se a Deus que chama à comunhão com Ele. Depois, ao manifestar a sua contrição, é bom que o penitente utilize «uma oração composta de palavras da Sagrada Escritura»,[219] prevista pelo ritual. Um implica e conduz ao outro. [378] Neste diálogo, o Sínodo fez votos de que se possam aprofundar o respeito da vida como valor fundamental, os direitos inalienáveis do homem e da mulher e a sua igual dignidade. Suspenso no madeiro da cruz, o sofrimento que Lhe causou tal silêncio fê-Lo lamentar: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mc 15, 34; Mt 27, 46). Também aqui São Paulo nos ilustra, com a sua vida, o sentido da missão cristã e a sua originária universalidade. [184] De facto, a Igreja sempre mostrou ter consciência de que, na acção litúrgica, a Palavra de Deus é acompanhada pela acção íntima do Espírito Santo que a torna operante no coração dos fiéis. Para se recuperar a articulação entre os diversos sentidos da Escritura, torna-se então decisivo identificar a passagem entre letra e espírito. Ficámos profundamente impressionados com o relato daqueles que souberam viver a fé e dar luminosos testemunhos do Evangelho mesmo sob regimes contrários ao cristianismo ou em situações de perseguição. Trata-se de um dado constante e implícito na própria Bíblia: «Nenhuma profecia da Escritura é de interpretação particular, porque jamais uma profecia foi proferida pela vontade dos homens. (â¦) À oração faça seguir a leitura, e à leitura a oração. [340], 104. Que o nosso coração possa dizer a Deus cada dia: «Sois o meu abrigo, o meu escudo, na vossa palavra pus a minha esperança» (Sl 119, 114), e possamos agir cada dia confiando no Senhor Jesus como São Pedro: «Porque Tu o dizes, lançarei as redes» (L c 5, 5). [258] Neste momento, desejo principalmente sublinhar que a catequese «tem de ser impregnada e embebida de pensamento, espírito e atitudes bíblicas e evangélicas, mediante um contacto assíduo com os próprios textos sagrados; e recordar que a catequese será tanto mais rica e eficaz quanto mais ler os textos com a inteligência e o coração da Igreja»[259] e quanto mais se inspirar na reflexão e na vida bimilenária da mesma Igreja. Vale ressaltar que toda a bandeira do Marrocos tem relação com o islamismo, a religião do país. Por isso, é necessário que os fiéis sejam melhor formados para identificar os seus diversos significados e compreender o seu sentido unitário. São João sublinha fortemente o paradoxo fundamental da fé cristã. 124. O condenado a cruz era considerado um maldito, desgraçado, e para piorar a dor do Filho de Deus, por um instante Ele se viu longe do Pai. [78] Com efeito, a Sagrada Escritura mostra-nos como o pecado do homem é essencialmente desobediência e «não escuta». 5. 2 Tm 3, 16) «de modo totalmente singular». O nosso tempo não favorece o recolhimento e, às vezes, fica-se com a impressão de ter medo de se separar, por um só momento, dos instrumentos de comunicação de massa. Ouvindo os testemunhos proferidos no Sínodo, tornámo- -nos mais atentos à ligação que há entre a escuta amorosa da Palavra de Deus e o serviço desinteressado aos irmãos; que todos os fiéis compreendam «a necessidade de traduzir em gestos de amor a palavra escutada, porque só assim se torna credível o anúncio do Evangelho, apesar das fragilidades humanas que marcam as pessoas». Liturgia, lugar privilegiado da Palavra de Deus, 52. Por isso, quanto mais contemplamos a universalidade e a unicidade da pessoa de Cristo, tanto mais olhamos agradecidos para aquela Terra onde Jesus nasceu, viveu e Se entregou a Si mesmo por todos nós. 1 Pd 3, 15); o homem precisa da «grande Esperança» para poder viver o seu próprio presente â a grande esperança que é «aquele Deus que possui um rosto humano e que nos âamou até ao fimâ (Jo 13, 1)». 121. [126] Sabemos como esta passagem foi dramática e simultaneamente libertadora em Santo Agostinho; ele acreditou nas Escrituras, que antes se lhe apresentavam muito diversificadas em si mesmas e às vezes indelicadas, precisamente por esta superação que aprendeu de Santo Ambrósio mediante a interpretação tipológica, segundo a qual todo o Antigo Testamento é um caminho para Jesus Cristo. [216], Palavra de Deus, Reconciliação e Unção dos Doentes. Chegados por assim dizer ao coração da «Cristologia da Palavra», é importante sublinhar a unidade do desígnio divino no Verbo encarnado: é por isso que o Novo Testamento nos apresenta o Mistério Pascal de acordo com as Sagradas Escrituras, como a sua íntima realização. Além disso, os Padres sinodais puseram em evidência como ligado com o tema da inspiração esteja também o tema da verdade das Escrituras. Ao longo dos trabalhos sinodais, a atenção dos Padres deteve-se também na necessidade de anunciar a Palavra de Deus a todos aqueles que estão em condições de sofrimento físico, psíquico ou espiritual. Nunca devemos esquecer que, na base de toda a espiritualidade cristã autêntica e viva, está a Palavra de Deus anunciada, acolhida, celebrada e meditada na Igreja. [59], 18. A Igreja não pode desiludir os pobres: «Os pastores são chamados a ouvi-los, a aprender deles, a guiá-los na sua fé e a motivá-los para serem construtores da própria história». [24] A Constituição dogmática Dei Verbum sintetizara este facto dizendo que «Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo (cf. Uma revelação privada pode introduzir novas acentuações, fazer surgir novas formas de piedade ou aprofundar antigas. 37. Daqui podemos compreender de um modo novo a conhecida afirmação de São Gregório Magno: «As palavras divinas crescem juntamente com quem as lê». 22. Mt 5, 11). Não se pode usar a violência em nome de Deus! [252] Seguindo o exemplo deste grande Santo que dedicou a sua vida ao estudo da Bíblia, tendo dado à Igreja a tradução latina chamada Vulgata, e de todos os Santos que colocaram no centro da sua vida espiritual o encontro com Cristo, renovemos o nosso compromisso de aprofundar a Palavra que Deus deu à Igreja; poderemos assim tender para aquela «medida alta da vida cristã ordinária»,[253] desejada pelo Papa João Paulo II no início do terceiro milénio cristão, que se alimenta constantemente na escuta da Palavra de Deus. O Verbo sai do Pai e vem habitar entre os Seus e regressa ao seio do Pai para levar consigo toda a criação que nâEle e para Ele fora criada. Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a actividade eclesial. WebQuer acompanhar a missão de S. João de Deus? Tendo em conta as indicações já expressas na Exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis sobre as assembleias dominicais à espera de sacerdote,[228] recomendo que sejam redigidos pelas competentes autoridades directórios rituais, valorizando a experiência das Igrejas Particulares. Em muitos casos, isto representa para os estudantes uma ocasião única de contacto com a mensagem da fé. Um âmbito particular do encontro entre Palavra de Deus e culturas é o da escola e da universidade. Depois de nos termos detido sobre a Palavra última e definitiva de Deus ao mundo, é necessário recordar agora a missão do Espírito Santo relativamente à Palavra divina. Os centros de estudo promovidos pelas realidades católicas oferecem uma contribuição original â que deve ser reconhecida â para a promoção da cultura e da instrução. A Palavra eterna que se exprime na criação e comunica na história da salvação, tornou-se em Cristo um homem, «nascido de mulher» (Gl 4, 4). A tipologia «descobre nas obras de Deus, na Antiga Aliança, prefigurações do que o mesmo Deus realizou, na plenitude dos tempos, na pessoa do seu Filho encarnado». Aqui tocamos um dos pontos fundamentais da doutrina do Concílio Vaticano II, que sublinhou a vocação à santidade de todo o fiel, cada um no seu próprio estado de vida. O objectivo do seu trabalho só está alcançado quando tiverem esclarecido o significado do texto bíblico como Palavra actual de Deus». Esta relação íntima entre a Palavra de Deus e a alegria aparece em evidência precisamente na Mãe de Deus. Leitura orante da Sagrada Escritura e «lectio divina», 86. Por isso a grande tradição do Oriente e do Ocidente sempre estimou as manifestações artísticas inspiradas na Sagrada Escritura, como, por exemplo, as artes figurativas e a arquitectura, a literatura e a música. A realidade vocacional da Igreja é … Isto implica, antes de mais nada, reconhecer a importância da cultura como tal para a vida de cada homem. Daqui nasce a gratidão pelos testemunhos sobre a vida eclesial nas diversas partes do mundo, surgidos nas várias intervenções feitas na sala. (â¦) O próprio Filho é a Palavra, é o Logos: a Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que cabe numa manjedoura. Uma vez que todo o Povo de Deus é um povo «enviado», o Sínodo reafirmou que «a missão de anunciar a Palavra de Deus é dever de todos os discípulos de Jesus Cristo, em consequência do seu baptismo». No Directório Geral da Catequese, encontramos válidas indicações para animar biblicamente a catequese e, para elas, de bom grado remeto. A acção do próprio Espírito Santo (â¦) sugere a cada um, no íntimo do coração, tudo aquilo que, na proclamação da Palavra de Deus, é dito para a assembleia inteira dos fiéis e, enquanto reforça a unidade de todos, favorece também a diversidade dos carismas e valoriza a acção multiforme». A resposta própria do homem a Deus, que fala, é a fé. A novidade da revelação bíblica consiste no facto de Deus Se dar a conhecer no diálogo, que deseja ter connosco. Jo 6; L c 24), é atestada pelos Padres da Igreja e reafirmada pelo Concílio Vaticano II. O Reino de Deus durará para sempre e toda oposição a ele caíra em ruína. Como não sentir vibrar no nosso coração as palavras com que se referia à sua missão de anunciador da Palavra divina: «Faço tudo por causa do Evangelho» (1 Cor 9, 23); «pois eu â escreve na Carta aos Romanos â não me envergonho do Evangelho, o qual é poder de Deus para salvação de todo o crente» (1, 16)?! Aqui levantam-se questões bastante delicadas relativas à segurança das nações e ao acolhimento que se deve oferecer a quantos buscam refúgio, melhores condições de vida, saúde, trabalho. 3- A extensão da nossa responsabilidade (v.20). L c 6, 20). Este anúncio é, para nós, uma palavra libertadora. Àqueles que foram chamados ao episcopado e que são os anunciadores primeiros e com maior autoridade da Palavra, desejo reafirmar o que o Papa João Paulo II deixou escrito na Exortação apostólica pós-sinodal Pastores gregis: Para nutrir e fazer crescer a vida espiritual, o Bispo deve colocar sempre em «primeiro lugar a leitura e a meditação da Palavra de Deus. Os discípulos, de certo modo, «são atraídos para a intimidade de Deus por meio da sua imersão na Palavra divina. 53. É a Imaculada Conceição, Aquela que é «cheia de graça» de Deus (cf. Trata-se de uma alegria profunda que brota do próprio coração da vida trinitária e é-nos comunicada no Filho. A assunção de tal hermenêutica no âmbito dos estudos teológicos introduz, inevitavelmente, um gravoso dualismo entre a exegese, que se situa unicamente no primeiro nível, e a teologia que leva a uma espiritualização do sentido das Escrituras não respeitadora do carácter histórico da revelação. Considerando a Igreja como «casa da Palavra»,[181] deve-se antes de tudo dar atenção à Liturgia sagrada. O compromisso com o Reino de Deus foi primeiramente guardado na linhagem piedosa de Sete, que culminou na obediência de Noé. 62. Quem a refere é São João, testemunha ocular: «Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai, como Filho único cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14b). [50] Tal como a Palavra de Deus vem até nós no corpo de Cristo, no corpo eucarístico e no corpo das Escrituras por meio do Espírito Santo, assim também só pode ser acolhida e compreendida verdadeiramente graças ao mesmo Espírito. Isso significa que você tem total amparo e segurança ao negociar com a gente! WebTerra Média é a terra antiga e fictícia de J. R. R. Tolkien, onde a maioria dos contos do seu imaginário ocorrem. Assim, no mistério da Eucaristia, mostra-se qual é o verdadeiro maná, o verdadeiro pão do céu: é o Logos de Deus que Se fez carne, que Se entregou a Si mesmo por nós no Mistério Pascal. No mistério refulgente da ressurreição, este silêncio da Palavra manifesta-se com o seu significado autêntico e definitivo. [56], Além disso o Concílio Vaticano II recorda que esta Tradição de origem apostólica é realidade viva e dinâmica: ela «progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo»; não no sentido de mudar na sua verdade, que é perene, mas «progride a percepção tanto das coisas como das palavras transmitidas», com a contemplação e o estudo, com a inteligência dada por uma experiência espiritual mais profunda, e por meio da «pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade». Nesta ocasião, desejo chamar a atenção para a familiaridade de Maria com a Palavra de Deus. Mas esta diferença profunda e radical não implica de modo algum hostilidade recíproca. No nosso tempo, detemo-nos muitas vezes superficialmente no valor do instante que passa, como se fosse irrelevante para o futuro. [16] Deus dá-Se-nos a conhecer como mistério de amor infinito, no qual, desde toda a eternidade, o Pai exprime a sua Palavra no Espírito Santo. [334] Toda a religião devia impelir para um uso correcto da razão e promover valores éticos que edifiquem a convivência civil. Quero aqui fazer-me eco dos Padres sinodais que sublinharam, também naquela circunstância, a necessidade de cuidar, com uma adequada formação,[205] o exercício da função de leitor na celebração litúrgica[206] e de modo particular o ministério do leitorado que enquanto tal, no rito latino, é ministério laical. Na escola da grande tradição da Igreja, aprendemos na passagem da letra ao espírito a identificar também a unidade de toda a Escritura, pois única é a Palavra de Deus que interpela a nossa vida, chamando-a constantemente à conversão. Além disso, exprimo a gratidão da Igreja inteira aos cristãos que não se rendem perante os obstáculos e as perseguições por causa do Evangelho. Com efeito, o que a Igreja anuncia ao mundo é o Logos da Esperança (cf. De facto, com Ele a fé toma a forma de encontro com uma Pessoa à qual se confia a própria vida. São Jerónimo, grande «enamorado» da Palavra de Deus, interrogava-se: «Como seria possível viver sem o conhecimento das Escrituras, se é por elas que se aprende a conhecer o próprio Cristo, que é a vida dos crentes?». Cristo Jesus continua hoje presente, na história, no seu corpo que é a Igreja; por isso, o acto da nossa fé é um acto simultaneamente pessoal e eclesial. É uma ajuda, que é oferecida, mas da qual não é obrigatório fazer uso. [93] Uma intensa e verdadeira experiência eclesial não pode deixar de incrementar a inteligência da fé autêntica a respeito da Palavra de Deus; e, vice-versa, a leitura na fé das Escrituras faz crescer a própria vida eclesial. À imitação do grande Apóstolo das Nações, que ficou transformado depois de ter ouvido a voz do Senhor (cf. É que descobrir a centralidade da Palavra de Deus na vida cristã faz-nos encontrar o sentido mais profundo daquilo que João Paulo II incansavelmente lembrou: continuar a missio ad gentes e empreender com todas as forças a nova evangelização, sobretudo naquelas nações onde o Evangelho foi esquecido ou é vítima da indiferença da maioria por causa de um difundido secularismo. Referindo-se à atitude que se deve adoptar tanto em relação à Eucaristia como à Palavra de Deus, São Jerónimo afirma: «Lemos as Sagradas Escrituras. Jo 1, 3), oferece aos homens um testemunho perene de Si mesmo na criação». Por isso, os Padres sinodais lembraram a expressão feliz dada à Terra Santa: «o quinto Evangelho». De igual modo, hoje, as realidades antigas e novas de especial consagração são chamadas a ser verdadeiras escolas de vida espiritual onde se há-de ler as Escrituras segundo o Espírito Santo na Igreja, de modo que todo o Povo de Deus disso mesmo possa beneficiar. O apogeu da revelação de Deus Pai é oferecido pelo Filho com o dom do Paráclito (cf. L c 5, 1). Consequências sobre a organização dos estudos teológicos. Reconhecemos que, na tradição do Islão, há muitas figuras, símbolos e temas bíblicos. 74. Os Padres sinodais sublinharam a importância de favorecer um adequado conhecimento da Bíblia entre os agentes culturais, mesmo nos ambientes secularizados e entre os não crentes;[356] na Sagrada Escritura, estão contidos valores antropológicos e filosóficos que influíram positivamente sobre toda a humanidade. À medida que o cristianismo criava raízes mais fortes na parte … Por isso, dever-se-á procurar com o máximo cuidado que, na vida dos seminaristas, se cultive esta reciprocidade entre estudo e oração. O testemunho cristão comunica a Palavra atestada nas Escrituras. [317] Além disso, o Sínodo reconhece, com gratidão, que os movimentos eclesiais e as novas comunidades constituem, na Igreja, uma grande força para a evangelização neste tempo, impelindo a desenvolver novas formas de anúncio do Evangelho.[318]. A sua história, única e singular, é a palavra definitiva que Deus diz à humanidade. Jo 14, 26) e seria o princípio fontal de uma nova vida no mundo (cf. «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser pela acção do Espírito Santo» (1Cor 12, 3).«Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá!Pai! Mas é preciso notar que o conceito de cumprimento das Escrituras é complexo, porque comporta uma tríplice dimensão: um aspecto fundamental de continuidade com a revelação do Antigo Testamento, um aspecto de ruptura e um aspecto de cumprimento e superação. [187] Por isso exorto os Pastores da Igreja e os agentes pastorais a fazer com que todos os fiéis sejam educados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus que está distribuída ao longo do ano na liturgia, mostrando os mistérios fundamentais da nossa fé. Por fim, a missão de Jesus cumpre-se no Mistério Pascal: aqui vemo-nos colocados diante da «Palavra da cruz» (cf. Possam eles beber esta formação nas escolas das grandes espiritualidades eclesiais, em cuja raiz está sempre a Sagrada Escritura. Assim o Espírito do Ressuscitado habilita a nossa vida para o anúncio eficaz da Palavra em todo o mundo. [19] Por conseguinte a Sagrada Escritura deve ser proclamada, escutada, lida, acolhida e vivida como Palavra de Deus, no sulco da Tradição Apostólica de que é inseparável. [339] Por isso, exorto todos os fiéis a meditarem com frequência o hino à caridade escrito pelo Apóstolo Paulo, deixando-se inspirar por ele: «A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. E, em resposta à exclamação duma mulher que, do meio da multidão, pretende exaltar o ventre que O trouxe e o seio que O amamentou, Jesus revela o segredo da verdadeira alegria: «Diz antes: Felizes os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática» (11, 28). 1 Jo 1, 4). 27. Neste sentido, é bom valorizar aqueles cânticos que a tradição da Igreja nos legou e que respeitam este critério; penso particularmente na importância do canto gregoriano. O Filho do Homem compendia em Si mesmo a terra e o céu, a criação e o Criador, a carne e o Espírito. Como diz Santo Agostinho: «A tua oração é a tua palavra dirigida a Deus. [321] É frequente ver nações, outrora ricas de fé e de vocações, que vão perdendo a própria identidade, sob a influência de uma cultura secularizada. Atrai-os para dentro de Mim. De facto, a Palavra divina desvenda também o pecado que habita no coração do homem. Webarrebatadores em seu ofício de desencantamento: "O que significa elaborar o passado" "Educação após Auschwitz" são verdadeiras aulas de dialética. E é dom e dever imprescindível da Igreja comunicar a alegria que deriva do encontro com a Pessoa de Cristo, Palavra de Deus presente no meio de nós. WebA palavra di também significa o deus supremo, criador do mundo. Sintam-se também os diáconos chamados a colaborar, segundo a própria missão, para este compromisso de evangelização. Quando aquela nos afasta dâEle, certamente não vem do Espírito Santo, que nos guia no âmbito do Evangelho e não fora dele. [149] Tal cooperação ajudará a todos a realizarem melhor o próprio trabalho em benefício da Igreja inteira. Isto transparece com particular vigor no Magnificat. WebTemos como compromisso te ajudar em todas as etapas da quitação - todas mesmo! A XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que se efectuou no Vaticano de 5 a 26 de Outubro de 2008, teve como tema A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. O Espírito libertador não é simplesmente a própria ideia, a visão pessoal de quem interpreta. Namoro deve ter um objetivo: Casamento. Com efeito, elas «sabem suscitar a escuta da Palavra, a relação pessoal com Deus e comunicar o sentido do perdão e da partilha evangélica»,[289] como também ser portadoras de amor, mestras de misericórdia e construtoras de paz, comunicadoras de calor e humanidade num mundo que demasiadas vezes se limita a avaliar as pessoas com os critérios frios da exploração e do lucro. De facto, uma vez que Deus «amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único» (Jo 3, 16), a Palavra divina, pronunciada no tempo, deu-Se e «entregou-Se» à Igreja definitivamente para que o anúncio da salvação possa ser eficazmente comunicado em todos os tempos e lugares. As próprias dioceses, na medida das suas possibilidades, proporcionem oportunidades de uma tal formação aos leigos com particulares responsabilidades eclesiais.[283]. Esta força divina proporciona esperança e alegria: tal é, em definitivo, o conteúdo libertador da revelação pascal. O Prólogo do quarto Evangelho apresenta-nos também a rejeição da Palavra divina por parte dos «Seus» que «não O receberam» (Jo 1, 11). A Palavra de Deus torna-se perceptível à fé através do «sinal» de palavras e gestos humanos. Conscientes da complexidade do fenómeno, é necessário que todas as dioceses interessadas se mobilizem para que os movimentos migratórios sejam considerados também como ocasião para descobrir novas modalidades de presença e de anúncio e se proveja, segundo as próprias possibilidades, a um condigno acolhimento e animação destes nossos irmãos para que, tocados pela Boa Nova, se façam eles mesmos anunciadores da Palavra de Deus e testemunhas do Senhor Ressuscitado, esperança do mundo. E depois, como nos lembra São Jerónimo, a pregação deve ser acompanhada pelo testemunho da própria vida: «Que as tuas acções não desmintam as tuas palavras, para que não aconteça que, quando tu pregares na igreja, alguém comente no seu íntimo: âEntão porque é que tu não ages assim?â (â¦) No sacerdote de Cristo, devem estar de acordo a mente e a palavra». A passagem de uma língua para outra comporta necessariamente uma mudança de contexto cultural: os conceitos não são idênticos e o alcance dos símbolos é diferente, porque põem em relação com outras tradições de pensamento e outros modos de viver».[371]. No contexto da relação entre Antigo e Novo Testamento, o Sínodo enfrentou também o caso de páginas da Bíblia que às vezes se apresentam obscuras e difíceis por causa da violência e imoralidade nelas referidas. Neste sentido, juntando essas duas palavras, o que ninguém havia feito anteriormente, Qin Shi Huangdi criou um título relacionado ao seu feito único de unificação do reino da China - ou melhor, de unificação do mundo, já que os antigos chineses, assim como os romanos, acreditavam … Por isso, a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. Cristo, Palavra de Deus encarnada, crucificada e ressuscitada, é Senhor de todas as coisas; é o Vencedor, o Pantocrator, e assim todas as coisas ficam recapituladas nâEle para sempre (cf. [125] Descobrimos assim o motivo por que um autêntico processo interpretativo nunca é apenas intelectual, mas também vital, que requer o pleno envolvimento na vida eclesial enquanto vida «segundo o Espírito» (Gl 5, 16). Para se alcançar o objectivo desejado pelo Sínodo de conferir maior carácter bíblico a toda a pastoral da Igreja, é necessário que exista uma adequada formação dos cristãos e, em particular, dos catequistas. f) Canto litúrgico biblicamente inspirado, 70. 10. A interpretação fundamentalista da Sagrada Escritura. E de facto, em última análise, há apenas um único sacerdote da Nova Aliança: o próprio Jesus Cristo». Dentro desta sinfonia, a determinado ponto aparece aquilo que, em linguagem musical, se chama um âsoloâ, um tema confiado a um só instrumento ou a uma só voz; e é tão importante que dele depende o significado da obra inteira. 67. Se aqui podemos descobrir uma alusão ao início do livro do Génesis (cf. Assim a Palavra de Deus é transmitida na Tradição viva da Igreja. Quando não se formam os fiéis num conhecimento da Bíblia conforme à fé da Igreja no sulco da sua Tradição viva, deixa-se efectivamente um vazio pastoral, onde realidades como as seitas podem encontrar fácil terreno para lançar raízes. O compromiso no mundo requerido pela Palavra divina impele-nos a ver com olhos novos todo o universo criado por Deus e que traz já em si os vestígios do Verbo, por Quem tudo foi feito (cf. [348] A diaconia da caridade, que nunca deve faltar nas nossas Igrejas, tem de estar sempre ligada ao anúncio da Palavra e à celebração dos santos mistérios. Por fim, dirijo-me a todos os homens, mesmo a quantos se afastaram da Igreja, que abandonaram a fé ou que nunca ouviram o anúncio de salvação. Esta consciência deve ser despertada em cada família, paróquia, comunidade, associação e movimento eclesial. A criação é lugar onde se desenvolve toda a história do amor entre Deus e a sua criatura; por conseguinte, o movente de tudo é a salvação do homem. Precisamente a este respeito, os Padres sinodais recomendaram, por exemplo, um relacionamento mais assíduo entre Pastores, exegetas e teólogos. Aprende nele o que deves ensinar». Da «Dei Verbum» ao Sínodo sobre a Palavra de Deus, 3. [269] É necessário, pois, que os sacerdotes renovem sempre mais profundamente em si a consciência desta realidade. [53] Ricardo de São Víctor recorda que são necessários «olhos de pomba», iluminados e instruídos pelo Espírito, para compreender o texto sagrado.[54]. Descubra mais todos os dias. Desta forma, a Igreja sempre se renova e rejuvenesce graças à Palavra do Senhor, que permanece eternamente (cf. Ele, âque nos deu a conhecer Deusâ (Jo 1, 18), é a Palavra única e definitiva confiada à humanidade». Pedimos ao Senhor que, por intercessão destes Santos canonizados precisamente nos dias da assembleia sinodal sobre a Palavra de Deus, a nossa vida seja aquele «terreno bom» onde o Semeador divino possa semear a Palavra para que produza em nós frutos de santidade, a «trinta, sessenta, e cem por um» (Mc 4, 20). [209] A homilia constitui uma actualização da mensagem da Sagrada Escritura, de tal modo que os fiéis sejam levados a descobrir a presença e a eficácia da Palavra de Deus no momento actual da sua vida. [2] É ensinada como uma formação acadêmica, tipicamente em universidades, … [153] De facto, ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina da Bíblia, deixar-se surpreender pela novidade que nunca envelhece e jamais se esgota da Palavra de Deus, superar a nossa surdez àquelas palavras que não estão de acordo com as nossas opiniões ou preconceitos, escutar e estudar na comunhão dos fiéis de todos os tempos: tudo isto constitui um caminho a percorrer para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra. Isto explica-se a partir do contexto histórico, mas pode surpreender o leitor moderno, sobretudo quando se esquecem tantos comportamentos «obscuros» que os homens sempre tiveram ao longo dos séculos, inclusive nos nossos dias. 90. Ele mandou e as coisas subsistiram» (Sl 33, 9). Neste sentido, a santidade na Igreja representa uma hermenêutica da Escritura da qual ninguém pode prescindir. Cristãos e judeus, relativamente às Sagradas Escrituras. Deste modo ajuda-se o Povo de Deus a reconhecer que «a leitura do Evangelho constitui o ápice da própria liturgia da Palavra». a) Antes de mais nada, se a actividade exegética se reduz só ao primeiro nível, consequentemente a própria Escritura torna-se um texto só do passado: «Daí podem-se tirar consequências morais, pode-se aprender a história, mas o Livro como tal fala só do passado e a exegese já não é realmente teológica, mas torna-se pura historiografia, história da literatura». A catequese deve comunicar com vitalidade a história da salvação e os conteúdos da fé da Igreja, para que cada fiel reconheça que a sua vida pessoal pertence também àquela história. A Bíblia é o livro da Igreja e, a partir da imanência dela na vida eclesial, brota também a sua verdadeira hermenêutica. Assim, é-nos oferecida misericordiosamente a possibilidade da redenção e o início de uma vida nova em Cristo. A catequese cristã primitiva recorreu constantemente a este método (cf. A Palavra divina é capaz de penetrar e exprimir-se em culturas e línguas diferentes, mas a própria Palavra transfigura os limites de cada uma das culturas criando comunhão entre povos diversos. sobre as comunicações sociais no XX aniversário da «Communio et progressio». O Espírito Santo reservou para Si â narram os Actos dos Apóstolos â Paulo e Barnabé para a pregação e a difusão da Boa Nova (cf. [298] A prática da indulgência[299] implica a doutrina dos méritos infinitos de Cristo â que a Igreja, como ministra da redenção, concede e aplica â, mas supõe também a doutrina da Comunhão dos Santos, que nos mostra «como é íntima a nossa união em Cristo e quanto a vida sobrenatural de cada um pode auxiliar os outros». 97. Jo 6, 51), aludindo assim ao dom que Jesus fará de Si mesmo no mistério da cruz, confirmado pela afirmação acerca do seu sangue dado a «beber» (cf. Por isso exorto os pastores e os fiéis a terem em conta a importância desta animação: será o modo melhor também de enfrentar alguns problemas pastorais referidos durante a assembleia sinodal, ligados por exemplo à proliferação de seitas, que difundem uma leitura deformada e instrumentalizada da Sagrada Escritura. Isto permite-nos assinalar um critério fundamental da hermenêutica bíblica: o lugar originário da interpretação da Escritura é a vida da Igreja. Portanto, exorto todos os fiéis a redescobrirem o encontro pessoal e comunitário com Cristo, Verbo da Vida que Se tornou visível, a fazerem-se seus anunciadores para que o dom da vida divina, a comunhão, se dilate cada vez mais pelo mundo inteiro. Aliás, a religião do Logos encarnado não poderá deixar de apresentar-se profundamente razoável ao homem que sinceramente procura a verdade e o sentido último da própria vida e da história. A Igreja, segura da fidelidade do seu Senhor, não se cansa de anunciar a boa nova do Evangelho e convida todos os cristãos a redescobrirem o fascínio de seguir Cristo. Frete GRÁTIS em milhares de produtos com o Amazon Prime. [180] Assim a Igreja apresenta-se como o âmbito onde podemos, por graça, experimentar o que diz o Prólogo de João: «A todos os que O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 12). WebÚltimas notícias. Aqui se compreende plenamente o significado do Salmo 119 quando a designa «farol para os meus passos, e luz para os meus caminhos» (v. 105); esta luz decisiva na nossa estrada é precisamente a Palavra que ressuscita. Por parte da Igreja, já existe uma si-gnificativa presença no mundo da comunicação de massa, e o próprio Magistério eclesial exprimiu-se várias vezes sobre este tema a partir do Concílio Vaticano II. «As tarefas e funções que competem a cada um relativamente à Palavra de Deus são diversas: aos fiéis compete ouvi-la e meditá-la, enquanto a sua exposição cabe somente àqueles que, em virtude da Ordem sacra, receberam a tarefa do magistério, ou àqueles a quem é confiado o exercício deste ministério»,[208] ou seja, bispos, presbíteros e diáconos. Por isso o Sínodo, ao mesmo tempo que promove a colaboração entre os expoentes das diversas religiões, recorda igualmente «a necessidade de que seja efectivamente assegurada a todos os crentes a liberdade de professar, privada e publicamente a sua própria religião, e também a liberdade de consciência»;[381] de facto «o respeito e o diálogo exigem a reciprocidade em todos os campos, sobretudo no que diz respeito às liberdades fundamentais e, de modo muito particular, à liberdade religiosa. [124], 38. Assim a expressão «Palavra de Deus» acaba por indicar aqui a pessoa de Jesus Cristo, Filho eterno do Pai feito homem. [106] O Concílio, por um lado, sublinha, como elementos fundamentais para identificar o significado pretendido pelo hagiógrafo, o estudo dos géneros literários e a contextualização; por outro, devendo a Escritura ser interpretada no mesmo Espírito em que foi escrita, a Constituição dogmática indica três critérios de base para se respeitar a dimensão divina da Bíblia: 1) interpretar o texto tendo presente a unidade de toda a Escritura; isto hoje chama-se exegese canónica; 2) ter presente a Tradição viva de toda a Igreja; 3) observar a analogia da fé. Vemos a Palavra de Deus distribuída ao longo do tempo, particularmente na celebração eucarística e na Liturgia das Horas. Mt 4, 4). Agradeço a Deus, meus líderes e time por essa trajetória. Jo 1, 17); de facto, «da sua plenitude é que todos nós recebemos, graça sobre graça» (Jo 1, 16). Hb 9, 14). [158] Por isso, a promoção das traduções comuns da Bíblia faz parte do trabalho ecuménico. 39. Mt 25, 31-46). Por isso, o Sínodo dos Bispos afirmou várias vezes a importância da pastoral nas comunidades cristãs como âmbito apropriado onde percorrer um itinerário pessoal e comunitário relativo à Palavra de Deus, de modo que esta esteja verdadeiramente no fundamento da vida espiritual. [136] Por este motivo, os Padres sinodais afirmaram que «a compreensão judaica da Bíblia pode ajudar a inteligência e o estudo das Escrituras por parte dos cristãos». Is 40, 8). É uma experiência vivida por muitos Santos e místicos, e que ainda hoje faz parte do caminho de muitos fiéis. L c 10, 21); é no Espírito que Se oferece a Si mesmo (cf. Daqui se vê com toda a clareza â lembraram os Padres sinodais â como o tema da inspiração é decisivo para uma adequada abordagem das Escrituras e para a sua correcta hermenêutica,[67] que deve, por sua vez, ser feita no mesmo Espírito em que foi escrita. Daí poderá vir grande benefício tanto para a vida espiritual como para os estudos teológicos e bíblicos. 65. [310] Jesus de Nazaré é, por assim dizer, o «exegeta» de Deus que «ninguém jamais viu»; «Ele é a imagem do Deus invisível» (Cl 1, 15). Alimentamo-nos, pois, das mesmas raízes espirituais. Act 4, 12). Neste sentido, é necessário que, nos edifícios sagrados, nunca se descuide a acústica, no respeito das normas litúrgicas e arquitectónicas. [337] Jesus passou por este mundo fazendo o bem (cf. [331] A Igreja aproveita a ocasião extraordinária oferecida pelo nosso tempo para que a dignidade humana, através da afirmação de tais direitos, seja mais eficazmente reconhecida e promovida universalmente,[332] como característica impressa por Deus criador na sua criatura, assumida e redimida por Jesus Cristo através da sua encarnação, morte e ressurreição. [220] A Sagrada Escritura contém numerosas páginas de conforto, amparo e cura, que se devem à intervenção de Deus. Aqueles que crêem, ou seja, aqueles que vivem a obediência da fé «nasceram de Deus» (Jo 1, 13), são feitos participantes da vida divina: filhos no Filho (cf. Por fim, como se lê nos Actos dos Apóstolos, o Espírito desce sobre os Doze reunidos em oração com Maria no dia de Pentecostes (cf. A sua fé obediente face à iniciativa de Deus plasma cada instante da sua vida. Trata-se de uma novidade inaudita e humanamente inconcebível: «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» (Jo 1, 14a). [72], Dialogar com Deus através das suas palavras, 24. [284] Por isso, nunca se perca de vista que a Palavra de Deus está na origem do matrimónio (cf. Ao mesmo tempo foi comovedor também ouvir os Delegados Fraternos, que aceitaram o convite para participar no encontro sinodal. Portanto, feitos à imagem e semelhança de Deus amor, só nos podemos compreender a nós mesmos no acolhimento do Verbo e na docilidade à obra do Espírito Santo. Mais cedo ou mais tarde, o ter, o prazer e o poder manifestam-se incapazes de realizar as aspirações mais profundas do coração do homem. Jo 5, 36-38; 6, 38-40; 7, 16-18), atrai-nos a Si e envolve-nos na sua vida e missão. [77] De facto, é precisamente a pregação da Palavra divina que faz surgir a fé, pela qual aderimos de coração à verdade que nos foi revelada e entregamos todo o nosso ser a Cristo: «A fé vem da pregação, e a pregação pela palavra de Cristo» (Rm 10, 17). Com tal finalidade, recomendo que, onde for possível, as paróquias e as comunidades de vida religiosa favoreçam esta oração com a participação dos fiéis. Mas, enquanto a exegese académica actual, mesmo católica, trabalha a alto nível no que se refere à metodologia histórico-crítica, incluindo as suas mais recentes integrações, é forçoso exigir um estudo análogo da dimensão teológica dos textos bíblicos, para que progrida o aprofundamento segundo os três elementos indicados pela Constituição dogmática Dei Verbum. Compete sobretudo aos fiéis leigos formados na escola do Evangelho intervir directamente na acção social e política. E assim, no Prólogo, o evangelista João contempla o Verbo desde o seu estar junto de Deus passando pelo fazer-Se carne, até ao regresso ao seio do Pai, levando consigo a nossa própria humanidade que assumiu para sempre. Por isso é necessário prover também a uma preparação adequada dos sacerdotes e dos leigos, para poderem instruir o Povo de Deus na genuína abordagem das Escrituras. A Igreja reconhece como parte essencial do anúncio da Palavra o encontro, o diálogo e a colaboração com todos os homens de boa vontade, particularmente com as pessoas pertencentes às diversas tradições religiosas da humanidade, evitando formas de sincretismo e de relativismo e seguindo as linhas indicadas pela Declaração do Concílio Vaticano II Nostra aetate e desenvolvidas pelo Magistério sucessivo dos Sumos Pontífices. Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e encontramos resposta para as perguntas mais profundas que habitam no nosso coração. [247], Encontrar a Palavra de Deus na Sagrada Escritura, 72. Por isso desejo elevar a Deus, com toda a Igreja, um hino de louvor pelo testemunho de muitos irmãos e irmãs que, mesmo neste nosso tempo, deram a vida para comunicar a verdade do amor de Deus que nos foi revelado em Cristo crucificado e ressuscitado. De facto, é uma única Palavra aquela para a qual somos chamados a transcender. WebApesar dos sacerdotes também serem da tribo de Levi, o restante dos levitas eram proibidos de ministrar diante do santuário sagrado. Assim também nós poderemos entrar no esplêndido diálogo nupcial com que se encerra a Sagrada Escritura: «O Espírito e a Esposa dizem: âVemâ! 28. Ao exortar todos os fiéis para o anúncio da Palavra divina, os Padres sinodais reafirmaram a necessidade, no nosso tempo também, de um decidido empenho na missio ad gentes. O facto histórico é uma dimensão constitutiva da fé cristã. O critério da verdade de uma revelação privada é a sua orientação para o próprio Cristo. A fé que nasce do encontro com a Palavra divina ajuda-nos a considerar a vida humana digna de ser vivida plenamente, mesmo quando está debilitada pelo mal. Na realidade, o Verbo de Deus, por meio do Qual «tudo começou a existir» (Jo 1, 3) e que Se «fez carne» (Jo 1, 14), é o mesmo que já existia «no princípio» (Jo 1, 1). Como afirmava Santo Ambrósio, quando tomamos nas mãos, com fé, as Sagradas Escrituras e as lemos com a Igreja, a pessoa humana volta a passear com Deus no paraíso.[301]. Deste modo, a realidade nasce da Palavra, como creatura Verbi, e tudo é chamado a servir a Palavra. Os Padres sinodais declararam que o objectivo fundamental da XII Assembleia foi «renovar a fé da Igreja na Palavra de Deus»; por isso é necessário olhar para uma pessoa em Quem a reciprocidade entre Palavra de Deus e fé foi perfeita, ou seja, para a Virgem Maria, «que, com o seu sim à Palavra da Aliança e à sua missão, realiza perfeitamente a vocação divina da humanidade». [349] Ao mesmo tempo é preciso reconhecer e valorizar o facto de que os próprios pobres são também agentes de evangelização. Tendo em conta a distinção entre a ordem sociopolítica e a ordem religiosa, as religiões devem dar a sua contribuição para o bem comum. 88. 118. [167] E Santa Clara de Assis reproduz plenamente a experiência de São Francisco: «A forma de vida da Ordem das Irmãs pobres (â¦) é esta: observar o santo Evangelho do Senhor nosso Jesus Cristo». De facto, a contemplação tende a criar em nós uma visão sapiencial da realidade segundo Deus e a formar em nós «o pensamento de Cristo» (1 Cor 2, 16). Deste modo tornam-se mais claros os critérios evidenciados pelo número 12 da Constituição dogmática Dei Verbum: a referida superação não pode verificar-se no fragmento literário individual mas em relação com a totalidade da Escritura. É a própria Palavra que nos impele para os irmãos: é a Palavra que ilumina, purifica, converte; nós somos apenas servidores. Os espaços sagrados, mesmo fora da acção litúrgica, revistam-se de eloquência, apresentando o mistério cristão relacionado com a Palavra de Deus». O Senhor pronuncia a sua Palavra para que seja acolhida por aqueles que foram criados precisamente «por meio» do Verbo. Bispos e sacerdotes, segundo a missão própria de cada um, são os primeiros chamados a uma vida cativada pelo serviço da Palavra, para anunciar o Evangelho, celebrar os Sacramentos e formar os fiéis no conhecimento autêntico das Escrituras. O Espírito Santo que inspirou os autores sagrados é o mesmo que anima os Santos a darem a vida pelo Evangelho. 103. Finalmente, a lectio divina conclui-se com a contemplação (contemplatio), durante a qual assumimos como dom de Deus o seu próprio olhar, ao julgar a realidade, e interrogamo-nos: qual é a conversão da mente, do coração e da vida que o Senhor nos pede? Com a XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, estamos conscientes de nos termos debruçado de certo modo sobre o próprio coração da vida cristã, dando continuidade à assembleia sinodal anterior sobre a Eucaristia como fonte e ápice da vida e da missão da Igreja. Com efeito, participar na vida de Deus, Trindade de Amor, é a alegria completa (cf. 117. [316], Os fiéis leigos são chamados a exercer a sua missão profética, que deriva directamente do baptismo, e testemunhar o Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem. Por isso, constantemente anunciada na liturgia, a Palavra de Deus permanece viva e eficaz pela força do Espírito Santo, e manifesta aquele amor operante do Pai que não cessa jamais de agir em favor de todos os homens». Pode revestir-se de um certo carácter profético (cf. Portanto toda a Igreja, enquanto mistério de comunhão, é missionária e cada um, no seu próprio estado de vida, é chamado a dar uma contribuição incisiva para o anúncio cristão. Rm 1, 5; 2 Cor 10, 5-6); pela fé, o homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo a Deus revelador âo obséquio pleno da inteligência e da vontadeâ e prestando voluntário assentimento à sua revelação». Deste modo, falta ao homem aquela humildade essencial que lhe permite reconhecer a criação como dom de Deus que se deve acolher e usar segundo o seu desígnio. O Espírito Santo, agente primário de toda a evangelização, nunca deixará de guiar a Igreja de Cristo nesta actividade. Nesta perspectiva, todo o homem aparece como o destinatário da Palavra, interpelado e chamado a entrar, por uma resposta livre, em tal diálogo de amor. Por graça, acolhemos o anúncio de que a vida eterna se manifestou, de modo que agora reconhecemos que estamos em comunhão uns com os outros, com quem nos precedeu no sinal da fé e com todos aqueles que, espalhados pelo mundo, escutam a Palavra, celebram a Eucaristia, vivem o testemunho da caridade. Aqui, «a Lei tornou-se Pessoa. Por isso a difusão da Palavra de Deus não pode deixar de reforçar a consolidação e o respeito dos direitos humanos de cada pessoa. [237], 68. 85. Mt 18, 20). [338] É preciso nunca esquecer que «o amor â caritas â será sempre necessário, mesmo na sociedade mais justa. [52] Depois, São Gregório Magno sublinha, de modo sugestivo, a obra do mesmo Espírito na formação e na interpretação da Bíblia: «Ele mesmo criou as palavras dos Testamentos Sagrados, Ele mesmo as desvendou». Jo 6, 68). [241], e) Exclusividade dos textos bíblicos na liturgia. Por isso, de modo semelhante, a interpretação da Sagrada Escritura exige a participação dos exegetas em toda a vida e em toda a fé da comunidade crente do seu tempo». Raízes bíblicas do agir cristão, À procura de uma ética universal: novo olhar sobre a lei natural, Homilia no Dia Mundial da Vida Consagrada, Discurso aos alunos do Seminário Maior Romano, Directório sobre Piedade Popular e Liturgia. [244] Face a alguns abusos, já o Papa João Paulo II lembrara a importância de nunca se substituir a Sagrada Escritura por outras leituras. Mc 12, 29-31). Esta é a boa nova. Evite-se cultivar uma noção de pesquisa científica, que se considera neutral face à Escritura. Não há verdadeira evangelização, se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem proclamados».[325]. [350], A Igreja está ciente também de que existe uma pobreza que é virtude a cultivar e a abraçar livremente, como fizeram muitos Santos, e há a miséria, muitas vezes resultante de injustiças e provocada pelo egoísmo, que produz indigência e fome e alimenta os conflitos. E, quando estamos a escutar a Palavra de Deus e nos é derramada nos ouvidos a Palavra de Deus que é carne de Cristo e seu sangue, se nos distrairmos com outra coisa, não incorremos em grande perigo?». De facto, uma tradução é sempre algo mais do que uma simples transcrição do texto original. [15] Mas ainda não teríamos compreendido suficientemente a mensagem do Prólogo de São João, se nos detivéssemos na constatação de que Deus Se comunica amorosamente a nós. Entretanto deve-se ter consciência de que a leitura destas páginas requer a aquisição de uma adequada competência, através duma formação que leia os textos no seu contexto histórico-literário e na perspectiva cristã, que tem como chave hermenêutica última «o Evangelho e o mandamento novo de Jesus Cristo realizado no mistério pascal».
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